Nostalgia é um veneno que a gente toma sorrindo
é um veneno doce, que queima na garganta e arde lá no fundo do peito
cai no vazio do estômago, e nos deixa mareado
percorre toda a derme, dos fios de cabelo as unhas do pé
faz a gente sentir um frio cruel em pleno domingo ensolarado
Não é saudades,
saudades é diferente.
Não é falta,
falta é diferente.
Nostalgia é um vazio, que ocupa espaços
são livros já lidos que pesam na prateleira
é um vinil arranhado que toca incansavelmente a mesma música
Nostalgia é pra quem sabe ter
é pra quem decidiu demorar um pouco mais na estrada
enquanto o todos já se foram.
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